Propõem-nos frigoríficos que fazem o inventário do stock e
elaboram a lista de compras.
Propõem-nos sistemas automáticos de gestão da luz pela casa
fora conforme a sua ocupação.
O medo vende sofisticados sistemas de segurança.
It is not a
joke. There exists an intelligent toilet that among many functionalities, can
open the lid (smoothly as the add reminds) when it senses someone
approaching. I don’t even want to
imagine the torment of the happy owner of such contratption in a moment of
emergency and the lid doesn’t open, because of some malfunction.
Concepts of computerized fridges able to make
the stock and elaborate the shopping list.
Automatic
management of lighting in the house according to use.
Fear sells sophisticated security systems.
Há dias na TV, um entusiasta cientista na área da
computação, apontava um futuro risonho em que poderíamos comunicar com os edifícios
(?!). Chamou-me a atenção e ouvi…
Edifícios interligados (?!), vidros das janelas que ao toque
se transformam em écrans de computador permitindo-nos controlar tudo na casa. Portas
opacas de roupeiros que a um toque se tornam transparentes, para podermos ver o
que está lá dentro. A paciência esgotou,
não ouvi mais.
Esperava ouvir falar de estruturas inteligentes que reagissem
dinamicamente a um tremor de terra. Sensores que não só diagnosticariam uma
ruptura de cano, como conseguiriam fazer diagnósticos antecipados. Quem sabe
com o auxílio da nanotecnologia, poder fazer uma reparação temporária.
Sistemas de gestão do ambiente, sistemas de monotorização do
estado de saúde dos residentes, capaz de chamar assistência de emergência ou
rotineiramente reportar ao médico são indicados para habitações de pessoas com
deficiências ou para idosos. Que se desenvolvam sistemas fáceis e baratos de
instalar em habitações ditas correntes, seria um conceito interessantíssimo.
Alguém que tenha sofrido um acidente e perdido a autonomia. Idosos com autonomia
reduzida ou saúde fragilizada; seria socialmente mais indicado apetrechar a casa com os
sistemas necessários, para poderem continuar a viver na sua casa, junto aos
seus vizinhos de sempre que ser enviado para um lar de idosos.
A aplicação de tecnologia onde é necessária e na medida
certa. Como dizem os americanos, o método KISS: Keep It Simple, Stupid!.
Em arquitectura, na pesquisa de novas tipologias também há
alguma confusão.
O exemplo Japonês de casas com pouca área está a conquistar
o Ocidente e por boas razões. Menos área menos materiais, menos custos de
construção e de aquecimento. Com a vantagem adicional de requerer menos espaço,
quer nos lotes, quer em edifícios de apartamentos.
Surgem algumas soluções interessantes para espaços
multiusos, mobiliário que se transforma e faz desaparecer o que não está em
uso. Paredes móveis. A construção modular, a estandardização, a pré-fabricação.
Mas na onda surge também muita proposta que é mais do
domínio do trabalho cénico que arquitectura. Empilhar espaços uns em cima dos
outros em que as escadas ocupam metade de cada piso, implicando um sobe-desce
constante. Escadas de quebra-costas para aceder a mezzaninas. Bastará um gripe
forte que deixe o morador zonzo, uma perna partida ou doença mais grave e o
indivíduo deixa de ter casa habitável. Numa emergência médica como se remove
uma pessoa duma dessas elegantes mezzanines?
Days ago on
TV a very enthusiastic computer scientist envisioned a future where we could
communicate with the buildings (?!). Got hooked and watched.
Buildings
interconnected (?!), Window glazing turning into computer screens enabling us
to control the whole house. Opaque closet doors that turns transparent with a
simple touch, allowing us to look of the contents.
Patience
ran out, listened no more.
I hoped to
hear about intelligent structures able to react dynamically to earthquakes.
Sensors able to scan the plumbing, able to diagnose an eminent rupture. Who
knows, with nanotechnology to be able to make a temporary repair?
House
intelligent systems, systems to monitor health of residents and call for help
or to routinely transmit info to the health care is appropriate to households
of elderly people or handicapped or someone with temporary lack of autonomy. It
should be interesting to develop cheap systems to retrofit houses, easy to install and remove when not needed anymore.
It is
socially more valid to retrofit an elderly folk’s home, to let them enjoy the
space and neighbours they’re familiar with than send them to a nursing home.
Technology
should be wisely used where needed and in the right measure. As the
Americans say, the KISS method: Keep It
Simple Stupid!
In the
research for new typologies in architecture there’s also some confusion.
Wisely the
Japanese example starts to catch on in the Western Hemisphere. Smaller areas,
less materials, less costs with the construciton and house heating. With the bonus of requiring less space
whether on plots or apartment buildings.
There are
many interesting proposal for multifunction spaces. Furniture that transforms
itself and make disappear equipments not in use. Movable walls, modular construction, pre-fab.
But with
these interesting steps comes also things that belong to stage scenario rather
than architecture.
Rooms stacked
with half floor space occupied by the stairs, a tiresome up and down. Vertical
ladders to the sleeping area in a mezzanine. It will suffice a strong flue, a
broken leg or some serious incapacitating illness and the individual has no
house to live in. In a medical emergency how the para-medics will remove a
patient form that kind of stylish mezzanine?
Um problema subsiste e deveria envergonhar-nos a todos, em
especial a industrias da construção, políticos, arquitectos e engenheiros. A tecnologia racionalizou a construção, mas o
esforço financeiro para se ter um espaço privado a que se possa chamar lar,
salubre e confortável, continua a ser o mesmo, comparando com os seus
rendimentos. Alguns Países como Portugal até têm na sua Constituição o direito
à habitação, no entanto...
A problem subsists
and should shame us all, especially those in the building industry,
politicians, architects and engineers. The financial effort for someone to have
a private space that can call home, salubrious and comfortable is still the
same comparing with his income. Some countries have in their Constitution the
right to have a house, nevertheless...
O sem-abrigo, um ser
humano que se torna invisível para a sociedade.
The homeless, a human being turned invisible to
society
Onde está a inteligência? Where is the intellegence?