terça-feira, 30 de outubro de 2012

CITIES FOR PEOPLE


É o título do livro do professor Jan Gehl. Leitura obrigatória para estudantes e profissionais.

Na introdução feita por Richard  Rogers: “As cidades são os lugares onde as pessoas se encontram para trocar ideias, fazer comercio ou simplesmente para relaxar e divertirem-se. O domínio público – as suas ruas, praças e parques -  são o palco catalisador dessas actividades. Jan Gehl, o decano do design de espaços públicos, tem um entendimento profundo sobre como usar o domínio público e forneço-nos as ferramentas que necessitamos para melhorar desenho do espaço público e as consequências, a qualidade da nossa vida.”

Disponível em bookdepository, ver referencia e link em baixo.

This is the title of a book by Jan Gehl a Danish Professor of Architecture and Urbanism. A must read for students and professionals.

In the Foreword Richard Rogers says:  “Cities are the places where people meet to exchange ideas, trade or simply relax and enjoy themselves. A city’s public domain – its streets, squares and parks – is the stage and the catalyst for these activities. Jan Gehl, the doyen of public space design, has a deep understanding of how we use the public domain and offers us the tools we need to improve the design of public spaces and as a consequence, the quality of our lives.”

“Cities for people” by Jan Gehl, ISBN13:978-1-59726-573-7

Available at bookdepository, a online bookshop shipping free to EU countries


Esteve disponível um pdf com a apresentação na Conferência Gold Coast na Autrália, em 2006 ou 2007 e que serviu de base para este livro. Aparentemente já não está online. Existem pelo menos duas versões da apresentação no Youtube. A minha favorita é esta em baixo.  Não se intimidem pela duração do vídeo. Han Gehl é um velho mestre que sabe agarrar uma audiência com um discurso claro, bom humor e algum sarcasmo muito eficiente.
It could be found the presentation to a Gold Coast Conference in Australia, back in 2006 or 2007, but seems to be offline.
There are at least two versions of the presentation on Youtube. My favourite is the one bellow. Don’t feel intimidated by the duration of the video. Jan Gehl is an old Master that knows how to rivet the audience with a clear speech, good humour and some very efficient sarcasm.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

WaRe waterfront regeneration

De 24 a 28 de Setembro realizou-se em Izola a 4ª Conferencia da WaRe.
Estão disponíveis as comunicações em pdf no seu site:
http://www.ware-project.net/index.php?option=com_content&view=article&id=36:third-project-meeting&catid=6:news&Itemid=24
 The 4th Ware Conference was held last September in Izol, Slovenia, form 24th to 28th.
Thr presentaitons are available for download on their website.  

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A CASA INTELIGENTE OU A INTELIGENCIA A CONSTRUIR CASAS


Todos os avanços científicos e tecnológicos passam por um período de descoberta da utilidade e da forma correcta quer se trate de um objecto ou edifício. Nessa procura surgem muitas das vezes propostas ridículas.
All scientific and technological advancements go through a period of finding the applications and the right shape whether is a utility or a building.  
Sem comentários…No comments…
 
Um desenho-animado de  Tex Avery
A Tex Avery cartoon  
Ao fim de um século de antevisões (onde nunca o social é considerado) seria de esperar mais senso comum na procura de aplicações. Para mais o que está em cima da mesa é a sustentabilidade a nível planetário. Arquitectura bioclimática, uso de materiais não tóxicos e reciclagem são necessidades prementes.
Excelente que a informática possa ajudar. Os custos das aplicações vão baixando com a sua banalização. Contudo há algo irritante na expressão “casa inteligente”. É redutora e condescendente quanto ao papel do indivíduo. Burro porque incapaz aprender a gerir a energia que gasta na sua casa. É um tonto que não sabe o que precisa de comprar no supermercado. Há muito marketing mal disfarçado sob o lema “para libertar o indivíduo das tarefas rotineiras”.
O que se assiste é à aplicação da máxima: “primeiro cria-se a necessidade e depois vende-se a solução”.  
After a century of visions of the future that never happen (never the social is taken into account) one would expect a little more of common sense when researching for applications. Especially when what’s on the table is global sustainability. Bioclimatic architecture, use of non-toxic materials and recycling are in the order of the day. Great that computers can help. The costs of the applications are lowering steadily. However there’s something annoying in the expression “intelligent house”. It is reductive and condescending as for the role of the individual. Too dumb to learn how to manage the use of energy in his home. Silly because he cannot make a grocery shopping list.
There’s an ill disguised marketing campaign here under the moto “to release the individual from routine chores”.
In fact it is the application of the principle: “first create the need, and then sell the solution”
Não é uma paródia. Existe uma sanita inteligente que entre muitas funcionalidades, a tampa levanta (suavemente, como diz no anúncio) mal detecta a aproximação do utilizador e abre a tampa. Nem quero imaginar o tormento do feliz possuidor de tal sanita, no dia em que necessitar de a usar com grande urgência e esta avariou, recusando levantar a tampa…

Propõem-nos frigoríficos que fazem o inventário do stock e elaboram a lista de compras.
Propõem-nos sistemas automáticos de gestão da luz pela casa fora conforme a sua ocupação.
O medo vende sofisticados sistemas de segurança.
It is not a joke. There exists an intelligent toilet that among many functionalities, can open the lid (smoothly as the add reminds) when it senses someone approaching. I don’t even want to imagine the torment of the happy owner of such contratption in a moment of emergency and the lid doesn’t open, because of some malfunction.
Concepts of computerized fridges able to make the stock and elaborate the shopping list.
Automatic management of lighting in the house according to use.
Fear sells sophisticated security systems. 
Há dias na TV, um entusiasta cientista na área da computação, apontava um futuro risonho em que poderíamos comunicar com os edifícios (?!). Chamou-me a atenção e ouvi…
Edifícios interligados (?!), vidros das janelas que ao toque se transformam em écrans de computador permitindo-nos controlar tudo na casa. Portas opacas de roupeiros que a um toque se tornam transparentes, para podermos ver o que está lá dentro.  A paciência esgotou, não ouvi mais.
Esperava ouvir falar de estruturas inteligentes que reagissem dinamicamente a um tremor de terra. Sensores que não só diagnosticariam uma ruptura de cano, como conseguiriam fazer diagnósticos antecipados. Quem sabe com o auxílio da nanotecnologia, poder fazer uma reparação temporária.
Sistemas de gestão do ambiente, sistemas de monotorização do estado de saúde dos residentes, capaz de chamar assistência de emergência ou rotineiramente reportar ao médico são indicados para habitações de pessoas com deficiências ou para idosos. Que se desenvolvam sistemas fáceis e baratos de instalar em habitações ditas correntes, seria um conceito interessantíssimo. Alguém que tenha sofrido um acidente e perdido a autonomia. Idosos com autonomia reduzida ou saúde fragilizada; seria socialmente mais indicado apetrechar a casa com os sistemas necessários, para poderem continuar a viver na sua casa, junto aos seus vizinhos de sempre que ser enviado para um lar de idosos.
A aplicação de tecnologia onde é necessária e na medida certa. Como dizem os americanos, o método KISS: Keep It Simple, Stupid!.
Em arquitectura, na pesquisa de novas tipologias também há alguma confusão.
O exemplo Japonês de casas com pouca área está a conquistar o Ocidente e por boas razões. Menos área menos materiais, menos custos de construção e de aquecimento. Com a vantagem adicional de requerer menos espaço, quer nos lotes, quer em edifícios de apartamentos.
Surgem algumas soluções interessantes para espaços multiusos, mobiliário que se transforma e faz desaparecer o que não está em uso. Paredes móveis. A construção modular, a estandardização, a  pré-fabricação.
Mas na onda surge também muita proposta que é mais do domínio do trabalho cénico que arquitectura. Empilhar espaços uns em cima dos outros em que as escadas ocupam metade de cada piso, implicando um sobe-desce constante. Escadas de quebra-costas para aceder a mezzaninas. Bastará um gripe forte que deixe o morador zonzo, uma perna partida ou doença mais grave e o indivíduo deixa de ter casa habitável. Numa emergência médica como se remove uma pessoa duma dessas elegantes mezzanines?  
Days ago on TV a very enthusiastic computer scientist envisioned a future where we could communicate with the buildings (?!). Got hooked and watched.
Buildings interconnected (?!), Window glazing turning into computer screens enabling us to control the whole house. Opaque closet doors that turns transparent with a simple touch, allowing us to look of the contents.
Patience ran out, listened no more.
I hoped to hear about intelligent structures able to react dynamically to earthquakes. Sensors able to scan the plumbing, able to diagnose an eminent rupture. Who knows, with nanotechnology to be able to make a temporary repair?
House intelligent systems, systems to monitor health of residents and call for help or to routinely transmit info to the health care is appropriate to households of elderly people or handicapped or someone with temporary lack of autonomy. It should be interesting to develop cheap systems to retrofit houses, easy to install and remove when not needed anymore.
It is socially more valid to retrofit an elderly folk’s home, to let them enjoy the space and neighbours they’re familiar with than send them to a nursing home.
Technology should be wisely used where needed and in the right measure. As the Americans say, the KISS method:  Keep It Simple Stupid!
In the research for new typologies in architecture there’s also some confusion.
Wisely the Japanese example starts to catch on in the Western Hemisphere. Smaller areas, less materials, less costs with the construciton and house heating.  With the bonus of requiring less space whether on plots or apartment buildings.
There are many interesting proposal for multifunction spaces. Furniture that transforms itself and make disappear equipments not in use.  Movable walls, modular construction, pre-fab.
But with these interesting steps comes also things that belong to stage scenario rather than architecture.
Rooms stacked with half floor space occupied by the stairs, a tiresome up and down. Vertical ladders to the sleeping area in a mezzanine. It will suffice a strong flue, a broken leg or some serious incapacitating illness and the individual has no house to live in. In a medical emergency how the para-medics will remove a patient form that kind of stylish mezzanine?
Um problema subsiste e deveria envergonhar-nos a todos, em especial a industrias da construção, políticos, arquitectos e engenheiros.  A tecnologia racionalizou a construção, mas o esforço financeiro para se ter um espaço privado a que se possa chamar lar, salubre e confortável, continua a ser o mesmo, comparando com os seus rendimentos. Alguns Países como Portugal até têm na sua Constituição o direito à habitação, no entanto...
A problem subsists and should shame us all, especially those in the building industry, politicians, architects and engineers. The financial effort for someone to have a private space that can call home, salubrious and comfortable is still the same comparing with his income. Some countries have in their Constitution the right to have a house, nevertheless...
O sem-abrigo, um ser humano que se torna invisível para a sociedade.
The homeless, a human being turned invisible to society
Onde está a inteligência? Where is the intellegence?





quarta-feira, 17 de outubro de 2012

UTOPIAS


No início do séc. XX era o desejo do voo ao alcance de todos. Uma delícia para o steampunk que obteve assim uma fonte inesgotável de inspiração.
In the beginning of the XXth century it was the wish of flying at reach for all. A steampunk delight for the wealth of inspiration.
 O elevador e a água canalizada permitiram os prédios crescerem em altura. Até se pode entender as razões por detrás deste sonho; deambular pelas ruas sem pisar excrementos dos animais de tracção, suportar os cheiros e os ruídos devem ter sido preocupações para qualquer senhora ou cavalheiro, coisa que agora nos poderá ser difícil imaginar. Não terão sido os factores decisivos, mas apetece ironizar. 
The elevator and plumbing made possible the buildings to grow in height. One can almost understand the reasons; go around on the streets without stepping on horse’s excrements, to stand the stench and the noise must have been concerns for any lady or gentleman, something hard for us to understand nowadays. Surely they weren´t the main reasons, but irresistible to mock.

A curva em S na linha elevada em 3rd Ave. em Coenties Slip, New York 1904
The S-curve of the 3rd Ave. El at Coenties Slip, New York 1904
In Old New York Photo Postcards
Domingo de Páscoa, 1898, na 5ª Avenida (New York) vista do lado Norte para a Rua 41ª, vendo-se o Reservatório Croton.
Easter Sunday, 1898, on 5th Ave., looking north from 41st St., with the Croton Reservoir
In Old New York Photo Postcards
 
O PASSEIO PÚBLICO EM TRANSIÇÃO
THE PUBLIC PROMENADE IN TRANSICTION
A foto acima tem algo de estranho, como se todos fossem em procissão, caminhando na mesma direcção. Revela o valor da rua como local de convívio social. É a 5ª Avenida, a residência das elites.
The photo above is somewhat strange, as if this is a procession; everybody walking in the same direction. It reveals the street as a social place. Mustn’t forget it is the 5th Ave. The residence of the elites.
Com a banalização do automóvel e a ideia de fontes inesgotáveis de energia surgiu o conceito de velocidade. 
Os espaços são amplos, mas as pessoas são mostradas dentro de veículos, que no fundo não passam de redomas sobre rodas. Estão felizes, mas protegidas por um casulo que as separa dos outros a uma distância impessoal.
Na imagem acima os arranha-céus dominam o horizonte, mas as autoestradas quase não têm tráfego.
Uma noção que perpassa todas as antevisões é a do lazer ou no mínimo uma vida sem preocupações.
A tecnologia tudo resolve; é o primado do Ciência como uma nova religião a que até agnósticos e ateus aderem.
As mudanças sociais do pós-Guerra proporcionaram uma maior expressão do individualismo numa sociedade mais tolerante (nem que seja em aparência).
 A atracção por cidades em altura, justificadas pela falta de espaço, reflecte um fenómeno novo, o desejo por uma privacidade que reduz o contacto social a círculos restrictos. As cidades verticais onde raramente se encontra alguém nos corredores e de forma alguma se dirige a palavra no elevador
With the trivialization of the car and the idea of never-ending energy resources, came the concept of speed. There are wide spaces, but people are encased in cars, nothing more than glazed domes on wheels. They’re happy but protected by a cocoon that separates them from the others at an impersonal distance.
In the image above, the skyline is filled with skyrisers, but almst no traffic on the highways.
An ever present notion on all visions of the future is leisure or at least a life with no worries.
Technology solves everything; It is the postulate of Science as a new religion that even agnostic and atheists find atractive.
The social changes of the postwar provided greater expression of individualism in a society more tolerant (even if only in appearance).  
Só pode ser um anúncio recomendando a leitura, mas o jovem parece ter as suas prioridades um pouco confusas.
It has to be an add promoting reading, but the young man seems to have troubles sorting his priorities.
A decomposição da cidade em peças de uma máquina deu o zonamento. O território vital alargou-se. A expressão é minha, normalmente usa-se o termo mobilidade, uma coisa excelente que até filósofos recomendam como um indicativo de liberdade e qualidade de vida. Na dura realidade traduz-se por ter de se levantar as crianças bem cedo, percorrer alguns quilómetros e muitos minutos para entrega-las na creche ou na escola, percorrer mais uns quilómetros até ao local de trabalho. E como é tão bom repete-se a dose ao fim do dia. Vida social está absolutamente fora de questão para uma larga população.
Disassembling the city into parts as in a machine gave place to zoning. The vital territory spread.  It’s my own expression to what is generally called mobility, an excellent thing that even philosophers recommend as an indictative of freedom and quality of life. In the harsh reality means parents to wake up children much earlier, take them by car some kilometers and many minutes to the kindergarten or school and then back to traffic jam to the workplace. And this mobility is so great that they’ll do it again at the end of the day. There is no place for social life for a large number of the population.
Quandos a utopia se transforma em distopia
When utopia turns into dystopia
Há tempos na TV um simpático senhor, que devia ser arquitecto, explicava com entusiasmo a sua ideia para Hong-Kong. Consistia em criar uma rede pedonal ao nível de um 7º ou 10º andar para ligar os edifícios. Os cidadãos (consumidores) poderiam circular sob um sol radiante em sossego, longe do tráfego automóvel e do smog. Havia um probleminha com a possibilidade dessa rede pedonal obscurecer as ruas e os andares abaixo. Mas que diabo! Nem ele ou os seus amigos iriam viver lá em baixo.
A while ago on TV, a nice gentleman, presumably an architect, explained his vision for the solution of traffic in Hong-Kong. To build a pedestrian network at the level of the 7th to 10th floor where the citizens (consumers) could stroçç under a radiant sun, away from car traffic and smog. There was a little glitch, though; eventually these bridges would increase the shade on the levels bellow. But waht the heck! Neither this gentleman, nor his friends would ever live on the floors below.
Cidade do futuro na banda desenhada "O Incal Negro" de Jodorowsky e Moebius  
Future town in comic book "The Dark Incal" by Jodorvsky & Moebius
ESCRAVIZAR HUMANOS PARECE MAL, SURGE O ROBOT
O dona-de-casa, liberta das suas tarefas rotineiras nem precisa de se calçar, tem alguém (algo) que o faça por si. O que permanece inalterado é a visão do papel da mulher na Sociedade.
The housewife, freed from her daily chores doesn’t even need to put on her sleepers; she has someone or something to do it for her. What remains unchanged is the vision for the role of women in society.
Rosie, a temperamental a empregada dos Jetsons
Rosie, the temperamental maid from the Jetsons
A tecnologia que nos propõem são para nos libertar das tarefas rotineiras e ter mais tempo livre.Será que o dia tem menos horas e nem nos disse? A vida está cada vez mais frenética.
The technology presented to us as a way to free us from daily chores and enjoy more free time.Could it be that the day has less hours nowadays and nobody told us? Life is more frantic. 



sábado, 13 de outubro de 2012

QUANDO TRANSPORTES PÚBLICOS E PAISAGISMO TRABALHAM JUNTOS / WHEN PUBLIC TRANSPORTS AND LANDSCAPING WORK TOGETHER


Eizan Dentetsu, Kyoto
É uma linha em Y, partindo de Demachiyanagi na zona nordeste de Quioto. O trecho que me chamou a atenção é o que vai até Kurama, numa extensão de 8.80km. Liga Kyoto a um templo passando por subúrbios, servindo uma população em movimento pendular diário. Nada de extraordinário até aqui, só que após a bifurcação a linha atravessa um bosque ou floresta onde predomina um tipo de ácer, acer palmatum em japonês shigitatsu sawa, um arbusto cujas folhas no outono adquirem tonalidades vermelho dourado. O valor paisagístico não deixou indiferentes os técnicos que projectaram a obra. O canal por onde passa a linha tem uma pegada ecológica mínima. A linha é em via única com cruzamentos nalgumas estações. A vegetação ao longo da linha (ou parte dela) está iluminada. Uma linha que se destinava a melhorar acessibilidades tornou-se num motivo para um passeio para os habitantes de Quioto.
 
Não é habitual.
It is a Y shaped line departing from Demachiyanagi in the Northeast of Kyoto.  The stretch that called my attention is the one to Kurama in an extension of 8.8km. Connects Kyoto to a temple, going through suburbs, serving a population in their daily commuting. Nothing special until now. But after the junction the line goes through a forest, mainly of acer palmatun, in Japanese shigitatsu saws, a tree that in autumn the leaves turn into a gold red colour. The team in charge of the project was not insensitive to this beauty, the ecological footprint of the track is minimal and the surroundings are lit to enhance the autumn colours. Something that should be just another commuter turns into an attraction, leading the inhabitants of Kyoto to take a tram ride just to appreciate the beauty of nature.

Not at all a usual thing.
Eiden series 900
A parte final do trajecto durante o dia 
The final segment  of the route  during the day
 
 
Kyoto Kibune Lanterns & Colored Leaves Illumination

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A CIDADE FLEXÍVEL


A CIDADE FLEXÍVEL DO SÉC. XXI

THE MOBILE CITY OF THE 21st Cy.

Contributos para a sustentabilidade

Notes for sustainability

Carlos Filipe
 

BOUTIQUE UNIQLO - LOT-EK

PUMA

Atelier LOT-EK, NYC

The Whitney Museum of American Art
Building Type: Art Studio/Gallery
Location: New York City
Size: 600 SF / 55m2
Design: 2011

LOT-EK

LOT-EK    GOVERNOR ISLAND PARK SHELTERS

TEMPOHOUSING

Complexo de habitação para estudantes

 do Campus Universitário de Keetwonen

Amsterdam student housing

 
Starter

Dims: 1 x 40’ x 8’6’’(12.19X2.59m, external dimensions)

2 quartos de 10m2, cada com kitchenette e I.S.

Acesso pelo corredor central ou por corredores exteriores

Disponível também com pé-direito de 2.50m

2 apartments of 10m2, both equipped with bathroom and kitchen

Entry from both ways

Also available with internal height of 2.50m


Il teatro del Mondo, Venezzia - Arch. Aldo Rossi 1980’s

Un’opera effimera   Or maybe not…

ESTÁ ONDE E QUANDO É PRECISO

PLACED WHERE AND WHEN NEEDED

 

SESIMBRA, JANEIRO 2012

Num prédio com uns 20 fogos, apenas um

 estava em uso por um casal de meia-idade.

20 apartments, only 1 in use

Durante o verão a vila está a abarrotar de gente.

During summer fully booked, impossible to park, queues everywhere.

Infrastructures designed for the 3 peak months 

 

L’Unité - Le Corbusier


 

MOBILE DWELLING UNIT / LOT-EK

Flexibilidade na oferta de habitação,

 migra sazonalmente de acordo com as necessidades.

Flexibildade no perfil do utilizador.

Nova oportunidade de negócio.

Flexiblity in housing offer.

Available where it is needed, when needed.

Adaptable to different types of tennants.

A new  business oportunity.

 

BIBLIOTECAS ITINERANTES DA GULBENKIAN, ANOS 60

MOBILE LIBRARIES OF GULBENKIAN’S FOUNDATION, 60s

 

TÍPICO, PITORESCO, ETC…

TYPICAL, PICTURESQUE AND SO ON…

Que qualidade de vida para quem trabalha assim?

Que futuro?

As tradições às costas de alguns…

What about their quality of life?

Expectations?

Traditions on account of a few…

MADE IN JAPAN…

KAMAKURA, JAPAN

 

Cena comum por todo o Japão. Impessoal vs. Conveniente?

Uma indústria de fileira, envolvendo I&D, produção de maquinaria e sua manutenção, abastecimentos. Criação de novos tipos de emprego. São as máquinas que estão ao tempo, não as pessoas.

 

A new business, an industry row, from R&D to machinery production, to maintenance and supplies.

New jobs. It’s the machine not the man that have to endure the hardships of the weather