segunda-feira, 27 de outubro de 2008




AINDA ÉVORA...


O que a seguir se relata poderá ser um pouco pessoal, mas é bom lembrar que a arquitectura é feita por pessoas, para pessoas.


Na primavera deste ano tive de voltar a Évora com um colega da faculdade, para melhor se entender alguns detalhes respeitantes a um trabalho de morfologia urbana que tínhamos em mãos. O assunto era a arquitectura da água, um tema muito bem documentado em Évora.


No Posto de Turismo, onde entrei para simplesmente pedir um mapa da cidade, comentei sobre o que me trazia à cidade. Resposta pronta: "Ah! então deve falar com o eng X no sítio... " e deram-nos uma indicação. Como eram horas de almoço, também fomos almoçar. À saida do restaurante passámos por aquilo que parecia (e era) uma escavação arqueológica. Não só tivemos uma visita guiada como obtivemos um número de telefone de quem nos poderia ajudar na pesquisa que fazíamos. Entretanto fomos à Câmara Municipal para falar com a arquitecta Y, que nos tinha sido indicada como pessoa que nos poderia ajudar. Pensámos que nem passaríamos da portaria, mas a resposta foi: " Concerteza! subam as escadas, é naquela porta". A sra arquitecta afinal não estava ali, mas depois de vários telefonemas, localizaram-na noutro departamento, onde nos esperava.
Já de manhã o meu colega tinha estado em amena cavaqueira numa da praça, perto da rua do Cano.
Pode ser assim o "banal" quotidiano em Évora, mas para quem vive em grandes aglomerados, isto é surpreendente e maravilhoso. É um dos componentes intangíveis do tecido urbano, em que o arquitecto e o urbanista intervêm. A cidade é mais que edifícios e ruas...

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